quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 23jan2012

Hoje falarei sobre dois assuntos muito interessantes e que sempre me perguntam tanto em minhas aulas para profissionais da área como em palestras para o público em geral, que são a estética e o alinhamento de dentes tortos.

Dentre as belezas colocadas pelo Criador na natureza, uma das mais perfeitas é o ser humano, e entre as perfeições deste, uma é, sem lugar a dúvidas o sorriso, o mais belo dos gestos, nossa maneira de comunicação não sonora mais eficiente e expressiva, elemento de atração entre as pessoas, razão de aproximação entre muitas. Obviamente, sempre e quando o sorriso seja verdadeiro e espontâneo. E desde que esteja conservado, tal qual o recebemos, ou melhor.

Melhor porque, a exemplo de outras evoluções conseqüentes da mão do homem, o sorriso também pode ser corrigido ou melhorado. Assim como cortamos a barba, ajeitamos os cabelos, fazemos uma maquiagem, nos dedicamos a um regime ou nos submetemos a uma plástica, o sorriso pode e deve receber uma atenção no sentido de melhorá-lo. A mão do homem, capaz de criar, dando beleza a uma pintura, formas belas a uma escultura, ênfase com iluminação a belezas naturais ou ainda efeitos especiais pela arquitetura, hoje tem feito transformações fisionômicas verdadeiramente fantásticas, com simples correções no sorriso de uma pessoa.

São melhorias nas cores dos dentes, correções de formato de alguns deles, buscando uma melhor harmonia, reposicionamento de dentes tortos, eliminação de espaços  interdentais, ou diastemas através do uso de resinas da cor dos dentes, reposição de dentes perdidos através da colocação de implantes, correção de defeitos nas gengivas e acerto de posições erradas dos maxilares.

Com isto, melhora-se a nossa imagem facial, justamente no ponto de maior concentração visual: a boca. Rejuvenesce-se as feições, aumenta-se a auto-estima, pela melhor aceitação de si mesmo, quando não corrigindo algumas limitações a que nos impúnhamos por insatisfações com o nosso sorriso. Melhora-se a fonética e permite-se melhor entonação das palavras, facilitando a comunicação tão essencial em nossos dias. Algumas vezes, com correções para melhorar o sorriso, obtém-se um maior volume na arcada dentária, melhorando o posicionamento dos lábios, aperfeiçoando o perfil facial e, em algumas vezes eliminando rugas decorrentes de defeitos ou falhas dentárias. Noutras, facilita-se a própria higiene bucal, permitindo uma melhor manutenção do branco ideal dos dentes que, de outra maneira, só era obtido pelo clareamento artificial, bastante usado na melhoria da aparência.

Deve-se procurar um dentista, sempre que tivermos qualquer insatisfação com a cor ou forma dos nossos dentes, mesmo que sejam problemas antigos, que outros profissionais não comentaram ou resolveram, porque as soluções para estes problemas são coisas recentes, que só na última década passaram a ganhar uma atenção maior. Dentro da Odontologia, o profissional mais indicado para a solução destes problemas é o especialista em dentística restauradora e a área de sua atuação, a estética, também conhecida como cosmética dental. Quanto mais tempo decorrido, mais os problemas aumentam e mais difíceis e onerosas passam a ser as soluções. Problemas de estética, tratados no início, envolvem valores pequenos e, muitas vezes, poucas consultas são suficientes. Na maioria dos casos, estes tratamentos não envolvem dor, sendo feitos sem necessidade do uso de anestésicos.

Às vezes, por fatores genéticos ou por hábitos de infância, como uso prolongado da chupeta ou chupar o dedo, ocorre um mau posicionamento dos dentes na arcada, fazendo com que algumas vezes a estética seja ruim e em outros, que haja prejuízo da função mastigatória, pela impossibilidade que estes dentes tortos articulam entre si. Pode acontecer também prejuízo da função fonética impedindo ou dificultando a correta articulação das palavras. Quando os dentes estão apinhados faz-se difícil sua higienização, o que acarretará, no futuro, a presença de cáries e, depois de certa idade problemas nas gengivas não adequadamente higienizadas. Isto tudo sem falar dos prejuízos estéticos que dentes tortos podem trazer, justamente numa fase em que a aparência é fundamental e fator de aproximação entre pessoas.

Nos diferentes estágios do problema, nas distintas faixas etárias e nos variados tipos de anomalias referentes ao posicionamento dos dentes, existem distintas maneiras de se solucionar esse tipo de problema. Desde simples aparelhos para uso exclusivamente noturno, passando por aparelhos para uso contínuo, mas removíveis, por aparelhos extra-orais, por aparelhos fixos parciais ou totais, até a necessidade de extrações ou cirurgias para corrigir tamanho ou posiciona¬mento dos maxilares.

Quanto mais simples for o caso e quanto antes iniciar o tratamento, mais fácil será a solução e mais cômodos os métodos utilizados. Os aparelhos móveis, normalmente, requerem um tempo de utilização mais curto, diferentemente dos aparelhos fixos, que são colados nos dentes e quase sempre requerem tempo de tratamento mais prolongado, assim como as cirurgias, quer para extrações, como para correções, requerem período de preparação e idade certa para intervenção. Os tratamentos podem ser preventivos ou corretivos, de acordo com o caso e com a idade do paciente.

Se os tratamentos indicados forem os preventivos, as despesas decorrentes serão bem menores e boas chances de solução dos problemas. Nos corretivos, com  aparelhos fixos ou móveis, os valores serão maiores, se bem que distribuídos ao longo do tempo de duração do tratamento. Tratamentos iniciados na dentição mista, além de se gastar menos, têm a vantagem de serem os aparelhos mais cômodos e removíveis. Os resultados melhores aumentam nesta situação. Outra vantagem dos dias de hoje é que os aparelhos corretivos usados contam com opções coloridas, que dão uma aparência mais discreta. Ter uma dentição correta do ponto de vista da posição dos dentes é um benefício que se levará para o resto da vida.

Mesmo não suspeitando de problemas de posicio¬namento dos dentes de seus filhos, não hesite em perguntar ao seu dentista se ele necessita visitar um especialista para uma melhor avaliação. Esta pergunta, feita antes da adolescência, o ajudará a economizar tempo e dinheiro. O especialista certo para tratamentos de correção dos dentes é o ortodontista ou ortopedista facial. É a pessoa mais indicada para o tratamento, como também para dar um diagnóstico se é necessária ou não a utilização   de aparelhos. Sendo necessário, não arrisque ou vacile, procure um especialista, ou vários se quiser comparar preços e opiniões, mas não deixe de fazer o tratamento na idade certa, porque as opções com idade mais avançada são bem menores.

Antes de despedir de vocês gostaria de lembrar sobre a campanha da fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e saúde pública”, e o lema é “Que a saúde se difunda sobre a Terra”. Nós todos não podemos nos furtar à obrigação de buscar melhores condições de saúde para toda a população, e que nossos governantes tenham a sensibilidade de buscar o bem da sociedade e que cumpram o que determina a nossa Constituição Federal. Só assim teremos uma sociedade mais justa e fraterna.

Dr. Marco Antonio Franco Cançado

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 9jan2012

Hoje, excepcionalmente, falarei sobre dois assuntos que foram os mais pedidos no ano passado pelos nossos ouvintes, e que tiveram grande repercussão. Obrigado a todos que participaram e deram sua sugestão. Falarei sobre mau hálito e ronco.

Antigamente tido como de origem estomacal, por problemas com úlceras ou do esôfago, hoje se sabe que o mau hálito está na maioria dos casos, ligado a mini inflamações na língua, decorrentes da putrefação de resíduos alimentares, por falta de escovação adequada. Melhor que seja assim, pois torna a solução para este problema, que muitas vezes levou a dificuldades de relacionamento, quando não a sua inviabilização, bem mais fácil e acessível, quer do ponto de vista prático, quer de acesso. Para os que pensavam em problemas estomacais, os especialistas afirmam que o corpo humano dispõe de válvulas que naturalmente impedem o refluxo destes gazes de forma involuntária. Para melhor entendimento, a superfície rugosa da língua, com sua visível porosidade e seu contato direto com todo o tipo de alimentos e o conhecimento de que, com a exposição ao tempo, a maioria dos alimentos se deteriora, fica mais fácil entender a origem do mau hálito.

Exceção feita ao mau hálito de origem relacionada a doenças das gengivas, também por decomposição na falta de higienização, o tratamento do mau hálito é procedimento extremamente simples, inacreditavelmente barato e fácil de ser feito, além de dar bons resultados, desde que esta higiene seja feita de forma tão constante quanto à da escovação dos dentes. É feita com instrumentos próprios encontrados nas casas de artigos dentários, onde são encontradas também escovas interdentais, para higienizar entre os dentes, escovas unitufos, para escovar rente às gengivas e vários tipos de fios dentais específicos para quem usa próteses unidas por trás. Além destes, nestas casas especializadas, você encontrará vários dispositivos que lhe ajudarão e estimularão a cuidar melhor de seus dentes, gengivas e agora que você já sabe da origem do mau hálito, da sua língua. Sabendo disto, não tenha dúvida ou medo de perguntar a algum familiar ou amigo se você tem mau hálito, principalmente se desconfiar que as pessoas evitam ficar frente a frente, quando você fala com elas.

Consciente de seu problema e sabendo que o mesmo tem solução, busque tratamento e volte a ter um convívio social e de relacionamento interpessoal normal e sadio, sem medo. Lembre que falar mais perto dá um toque mais íntimo, facilitando relacionamentos, tanto pessoais como comerciais, além de, em algumas circunstâncias, ser absolutamente indispensável, como em ambientes com mais barulhos, em lugares onde muitas pessoas estão conversando e você está se dirigindo a somente um ou poucos e nos casos em que pessoas tenham limitações auditivas, ou baixo volume de voz, pela idade. Ter bom hálito aproxima as pessoas, tanto quanto o beijo, sinal de maior apreço ou atenção.

Recebendo informação positiva quando perguntar a pessoas de suas relações ou simplesmente suspeitando, pela postura dos que com você convivem, não hesite, procure seu dentista e relate o fato, pedindo que comprove ou não sua suspeita. Constatado o problema, provavelmente sua higiene bucal como um todo não deve estar sendo feita da maneira correta. Com certeza seu dentista vai procurar verificar algum problema relacionado com suas gengivas, que poderão estar colaborando com o mau hálito. Além das escovas especiais para quem tem problemas de gengivas que ele irá lhe indicar, passe a usar também a higienizadora de língua, que é ainda mais fácil de usar que a escova de dentes e, ao menos uma vez ao dia complete sua higiene bucal com uma adequada limpeza da língua, que, a exemplo da escovação dos dentes, funciona também como prevenção contra possíveis problemas futuros.

O incômodo de roncar, para muitos, não tem solução. Para uns só com cirurgia e para outros, com cirurgia melhor deixar como está, para tormento dos que com o ronco tem que conviver, que não o próprio roncador, porque este por estar dormindo não percebe o quanto ronca e não tem seu sono atrapalhado ou inviabilizado pelo zumbido contínuo e constante a que são submetidos ou torturados seus companheiros e companheiras. De uma forma simples, para ser mais bem compreendido, o roncar é a vibração de membranas no interior da cavidade oral, que pela idade e pelo aumento de gorduras na região, vibram mais ou menos, na entrada ou na saída do ar, principalmente dos respiradores bucais. Com os anos, estas membranas vão se tornando mais flácidas, provocando um aumento da região susceptível de vibrações, fazendo com que o roncar seja cada vez mais intenso e forte. Por ser involuntário é totalmente incontrolável, sendo às vezes, um pouco atenuado com uma mudança de posição de quem está roncando, por alterar a posição dos tecidos que estavam vibrando.

A intervenção do dentista nestes casos não é solução definitiva, se bem que na maioria dos casos elimina integralmente o zumbido indesejável. Trata-se de colocação de uma placa do tipo das de relaxamento, indicada para pessoas bruxônomas (que rangem os dentes enquanto dormem) ou para pequenas correções dos dentes nos casos em que um dispositivo simples como este tem condições de corrigir. Estas placas, além de permitirem um sono mais leve, impedem um desgaste dos dentes e, se elaboradas com conhecimento anatômico da região que provoca o ronco, pela suspensão dos tecidos flácidos, impedem sua vibração e, por conseguinte o incômodo de roncar. Uma hipótese que ainda necessita de acompanhamento de muitos casos por muito tempo, é a de que o uso sistemático deste dispositivo, todas as noites, pode ir conformando os tecidos da região flácida, corrigindo seu posicionamento e eliminando a possibilidade de vibração, mesmo sem o uso do aparelho. Talvez não em todos os casos, mas em um bom número, isto pode vir a acontecer, o que seria um motivo a mais para se continuar estudando esta alternativa de tratamento.

Para os que convivem com o problema, esta é uma grande solução, porque certamente irá permitir que voltem a dormir. Para quem ronca, uma tentativa de solução sem cirurgia, sem dor, sem remédios e o que é mais interessante, extremamente acessível por ser barata, fácil e rápida de fazer, além de apresentar resultados imediatos com o simples uso do aparelho. Dá a seu possuidor a liberdade de colocar e tirar quando quiser, o que é uma alternativa importante para aqueles que não roncam sistematicamente e que podem utilizá-lo quando o prejudicado o solicitar. Além de não incomodar, para os que têm vida dinâmica e agitada, justamente os que têm o sono mais pesado e mais predispostos ao roncar, tem uma vantagem adicional ao servirem como placa de relaxamento, evitando assim afrouxamento ou desgaste dos dentes.

Se você já recebeu comentários de que costuma roncar, pergunte ao seu dentista se ele confecciona este tipo de aparelhos ou se sabe lhe indicar algum colega que tenha estudado o assunto para lhe indicar com esta finalidade. Depois de pronto o aparelho, seu próprio dentista poderá proceder a alguns ajustes por conta de alguns acertos que se façam necessários, pois com o uso, pode estar apertando um ou outro dente ou bochecha, visto que o mesmo é de uso indefinido e requerendo somente higienização após o uso.

Dr. Marco Antonio Franco Cançado

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 26dez2011

Em continuidade aos assuntos mais relevantes sobre odontologia e suas mais variadas formas de tratamento hoje falaremos sobre como não perder os dentes, como remover manchas dentais e o porquê de colocar um provisório.

O maior castigo para os que não cuidaram adequadamente da dentição natural é a perda sumária dos dentes e sua consequente discriminação social por sua ausência, que se agrava na medida em que a perda for de mais dentes ou se situar na região frontal. Nossos hábitos de comportamento têm códigos que ninguém nos ensinou, mas que nos levam a prestar atenção em defeitos físicos, principalmente se forem na face. Os que trazemos desde o nascimento e sem a participação voluntária do portador, nos causam dó e os decorrentes de maus cuidados, nos levam a julgamento de seu possuidor. Ter dentes e gengivas bem tratados, além de uma preocupação com a saúde do nosso corpo, é hoje uma forma de identificação do grau de desenvolvimento social de uma pessoa e usado como avaliação natural na obtenção de empregos e na própria aceitação para convívio interpessoal. Perder dentes é também sinal de envelhecimento, principalmente se forem perdas precoces. Os sentimentos de mutilação que sua falta nos traz são subjetivos, pela atenção que prestam ao detalhe os demais humanos, embora, em alguns casos, esta postura seja até desumana.

Temos que ter consciência de que a primeira e segunda dentições nos foram cortesia do Criador e por ela nada tivemos que pagar. Nosso único compromisso, que deveríamos ter conosco mesmos, seria o de bem cuidá-las. Por as recebermos de graça, muitos não as valorizam na forma devida. Alguns jovens imaginam que tratar dentes é coisa para velhos e só depois de ter mais idade se darão conta de que alguns cuidados com a dentição são fundamentais e devem ser tomados na adolescência, principalmente os que envolvem prevenção e correto posicionamento dos dentes. A fase do crescimento é muito importante também para os dentes, devendo-se cuidá-los como fazemos com nossos cabelos, unhas, barba, banhos e outros afazeres da higiene pessoal, assim como na fase dos “enta”, além de preocupar-se com o coração, devemos dar atenção à nossa dentição. Até porque, se não o fizermos, além de perdermos os dentes, poderemos, por suas infecções e bactérias decorrentes, estar prejudicando todo o nosso organismo, inclusive levando alguns tipos de microorganismos fulminantes para a circulação sanguínea e seu órgão centralizador.

Dentes sem cuidados são como um carro do ano com muitos amassados, pintura estragada e vários pontos de ferrugem. O motor, o estofamento, a suspensão e os pneus podem estar bons, mas seu preço cai violentamente, porque ninguém o quer. Sua aparência é deplorável e nos dias do mundo globalizado a imagem é, muitas vezes, mais importante que o conteúdo, principalmente na primeira avaliação, que não raro nos leva a não analisar com a devida profundidade os demais itens. Pode parecer duro e injusto, mas contém pura verdade. Às vezes, não exteriorizamos estes critérios por normas de conduta social, mas no íntimo os consideramos e fazemos deles verdadeiros paradigmas. E entre estes, ter bons dentes é fundamental para ser bem visto e aceito.

Não desanime! O bom da Odontologia é que todos os seus problemas têm solução. É só não deixar para amanhã. Por que no amanhã você poderá tê-los perdido e, com implantes, as despesas serão maiores, se bem que hoje já bem acessíveis a todos os que dão valor à sua imagem.

As manchas dentais são alterações de coloração na superfície dos dentes por motivos diversos. As mais conhecidas são: as alaranjadas, bactérias conhecidas como lutescens; marrons, comuns nos incisivos inferiores, pelo lado da língua, formados por deposição de substâncias aderentes; metálicas, com variações de acordo com o produto que as originou e que pode ser mercúrio, bismuto ou outros; negras, surgidas pela ação de bactérias cromo¬gênicas, são mais encontradas nos incisivos inferiores, e as verdes, também atribuídas à ação de bactérias. Outras são as resultantes pelo vício de fumar, que provocam cor amarelada no esmalte. Também existem as manchas da mucosa bucal, que têm origem vascular, como as da sífilis, sarampo e o eritema, provocado pela insolação.

As manchas dos dentes com alterações estéticas são as naturalmente relatadas para tratamento, que é feito por remoção, dos efeitos e do fato causador. As do cigarro voltam se o portador não parar de fumar. Para ajudá-lo na decisão, lembre quantas outras manchas ele causa em outras partes internas e mais sensíveis do seu corpo. Deve-se prestar, também, atenção para as manchas das gengivas e bochechas, porque, embora não aparentem, são as mais perigosas por serem sinal de que algum tipo de câncer possa estar presente.

Para todas, não vacile. Procure logo um dentista, que as analisará e lhe dirá os cuidados que precisam ser tomados. Lembre que, mesmo que estejam sinalizando algum câncer, estas manchas são só um aviso, sinal de que ainda há tempo para tratá-lo enquanto for benigno, que é o caso da maioria. Só a opinião de quem conhece e estudou o assunto deve ser levada em consideração. E nisto você pode confiar, que o seu dentista sabe realizar o diagnóstico ou indicar um especialista para que o faça.

Os provisórios são próteses de um ou mais dentes, colocadas pelos dentistas, durante o período em que são feitos os preparos e confeccionada a prótese definitiva. Nos casos unitários, eles usam dentes que já vêm pré-fabricados e são unidos aos dentes dos lados por resinas que endurecem rapidamente. Para casos de mais dentes, são confeccionadas, no laboratório de prótese, próteses simples, também com dentes de estoque, chamadas de próteses provisórias. Estas têm durabilidade pequena, porque são feitas para permanecer somente por alguns dias, assim como sua fixação também é feita com cimentos provisórios, que, se forem forçados, afrouxam. Nestes casos tem-se que voltar ao consultório, levando este provisório que se soltou, pois ele é que será recolocado. Às vezes, os provisórios soltam porque têm algum contato com o dente oposto, que não deveria existir, devendo, por isso, ser reajustado. Estas readaptações não têm por objetivo prolongar a vida dos provisórios e sim somente permitir que funcionem por mais alguns dias, enquanto está sendo concluída a prótese definitiva.

Os provisórios permitem que o paciente possa levar uma vida quase normal durante o período em que se processa a sua reabilitação, principalmente na parte estética, já que a funcional precisa um tipo de prótese que resista às forças mastigatórias. Quando as próteses são grandes e dependem de montagem em articulador, modelos de estudos e provas em cera ou metal, os dentistas fazem um provisório melhorado, que chamam de prótese intermediária, que, além de provisórios, funcionam para avaliação.
Para próteses pequenas, seu dentista não terá dificuldades de encontrar a solução adequada. Se ele não for protesista e a prótese for complexa, talvez o indique a um especialista.


Dr. Marco Antonio Franco Cançado

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 12dez2011

Hoje falaremos sobre como eliminar o tártaro dos dentes e placa de relaxamento maxilar.
Não havendo boa higienização sistemática e contínua com escova e fio dental, a formação da placa bacteriana é conseqüência certa. Esta, se não removida completamente, mineraliza embaixo das gengivas, originando o cálculo, a denominação certa do tártaro subgengival. Para os que nem com a escova fazem limpezas no esmalte dos dentes, acontece a formação de cálculo supragengival que, mesmo não mineralizado, adere-se ao esmalte. Quanto à aparência, podem ser amarelo claro ou marrom-escuro. O primeiro é removível facilmente pelo dentista, com instrumentos apropriados e o segundo, que é mais denso e duro, tem sua remoção mais difícil. Estes por sua dureza e formação disforme tem o agravante de durante a mastigação, promoverem microcortes nas gengivas, principalmente em sua parte interna, provocando sangramento e estimulando inflamações, aumentando, assim, a degeneração dos tecidos que o circundam.

Para eliminá-lo e curar as doenças das gengivas que ele provoca, é, antes de tudo, necessário interromper a cadeia orgânica de sua formação, constituída pela matéria orgânica do líquido bucal, na qual encontramos microorganismos, saliva, soro, células epiteliais e restos de alimentos, entre outros. Se este conjunto não for removido pelas escovas e fios dentais, começam a mineralizar-se pela incorporação de sais inorgânicos da saliva. O tártaro só ocorre em pessoas que não conseguem ou não estejam conscientes da necessidade de pelo menos quatro escovações diárias, sendo uma complementada pelo uso correto do fio dental. Por este motivo pode-se afirmar que seus portadores precisarão sempre da ajuda de um dentista para não sofrerem conseqüências graves na forma de doença periodontal e conseqüente perda dos dentes. Não bastará a remoção simples do tártaro, que é feita com instrumentos chamados curetas, que promovem uma raspagem da superfície dos dentes, tanto na área doesmalte como na das raízes, mas uma atenção especial do paciente para evitar o retorno do problema.
Não tendo tártaro e impedindo a formação da placa bacteriana, as gengivas ficam mais saudáveis, sem irritações típicas das inflamações e com uma aparência agradável por estarem, assim, bem unidas aos dentes, fazendo inclusive uma espécie de proteção às suas raízes. A ausência de placa e tártaro garantem a permanência por muitos e muitos anos de todos os seus dentes, com despesas pequenas, representadas pela troca, de tempos em tempos da escova dental, além da aquisição de fio dental e dentifrício, despesas infinitamente pequenas se comparadas ao custo das cirurgias periodontais. Algumas pessoas tem tanto tártaro que chegam a estar constantemente irritadas pelo mal-estar provocado pelas inflamações das gengivas, muitas sem saber a origem de sua irritabilidade.
Se ao passar a língua, ou durante a escovação ou uso do fio dental notar que eles não deslizam suavemente, está caracterizada a presença do tártaro. Se suas gengivas sangram ao escovar ou ainda sem escovação, com certeza é porque o tártaro o está provocando. Na verdade, já passou da hora de ir ao dentista, que, por ideal, deveria ter sido procurado para remoção da placa. Seu dentista lhe fará, sempre que você o visitar, a profilaxia necessária. Constatando-se doença periodontal, o indicado será recorrer a um periodontista, o especialista que estudou, em regime de pós-graduação, todas as maneiras corretas de tratar os distintos estágios da doença. De preferência, este deve ser indicação de seu próprio dentista, em função do tipo de tratamento que você poderá precisar.



Um dos males que mais afeta a humanidade nos dias de hoje, e que será a doença mais comum do futuro próximo é o estresse. Com a massificação da mídia, o câncer perdeu lugar para a AIDS, como motivo de maior temor e esta depois de vinte anos já está deixando de ser notícia, permitindo antever que, em breve, o maior medo das pessoas com relação a morte estará relacionado ao desgaste da trepidante vida moderna, sua competitividade, o desgaste natural de viver intensamente e os riscos de enfarto, uma das respostas a globalização. Mesmo nos períodos de repouso, as pessoas continuam tensas e uma das conseqüências é apertar ou ranger os dentes, ato chamado de bruxismo e bruxômano o seu portador. Inicialmente considerado um hábito, depois entendido como um vício e hoje estudado e tratado como doença, principalmente pelo fato de destruir próteses, quebrar restaurações, provocar ao longo dos anos um afrouxamento dos dentes e gerar um tipo de doença periodontal, o bruxismo pode causar ainda traumas oclusais, perda óssea, e desgaste dentário excessivo.
Por todos estes motivos os seus portadores, muitas vezes sem saber, correm riscos que poderiam ser evitados, caso algum parente percebesse esta anomalia durante seu sono e lhe relatasse. Assim alertado, seu dentista poderá intervir antes que o mal se alastre e próteses precisem ser trocadas. Principalmente porque o tratamento para este mal é simples e fácil e, além de barato, não causar nenhum tipo de dor. Consiste no uso de uma placa de relaxamento, normalmente usada no período noturno, enquanto se dorme, sem nenhuma interferência no seu sono. Confeccionadas em acrílico transparente a partir de uma moldagem de seus dentes, funcionam como mio-relaxantes, impedindo o ranger dos dentes e distribuindo o apertar dos dentes para toda a arcada, ao invés de sobre alguns poucos, como acontece sem o uso da placa.

A indicação inicial é somente para uso noturno, durante seis meses, para promover um relaxamento da musculatura dos maxilares, que, após reposicionada, tende a eliminar o ranger dos dentes. Portadores do problema há mais tempo e que nunca o trataram ou que sejam, por natureza, muito tensos e agitados e que já apresentem sintomas adiantados, com risco de perda dos dentes ou quebra de próteses, poderão ser orientados a usar as placas de relaxamento por mais tempo, principalmente nos seus momentos de maior estresse, como dirigir nas grandes cidades, por exemplo.
As vantagens do uso das placas mio-relaxantes são imediatas. Já nos primeiros dias se constata uma melhora significativa, principalmente nos pacientes que apresentavam dor na articulação temporomandibular. Esta tende a sumir em poucos dias de uso da placa e o ato de apertar os dentes tende a diminuir pela simples presença de um anteparo, que, além disso estará protegendo dentes, restaurações e próteses do ranger que não mais acontece. A pior coisa que pode acontecer depois dos seis meses de uso da placa, caso a pessoa continue na vida agitada é ter que, a cada período de seis meses, voltar a usar a placa. Para muitos, a simples reposição da musculatura e mandíbula é suficiente para solucionar o problema em definitivo.

Tendo vida agitada e na dúvida, relate o fato a seu dentista, que por observações na face oclusal dos seus dentes, poderá identificar desgastes por mordedura crônica e, para fazer um diagnóstico mais completo, poderá indicar-lhe o uso de uma placa por um período menor, como maneira de se certificar de seus sintomas com relação a estas e outras disfunções da articulação temporomandibular, que também podem requerer placas mio-relaxantes como alternativa de solução.

 

Dr. Marco Antonio Franco Cançado

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 28nov2011

Assunto: Doença periodontal e mordida cruzada.


A má ou falta de higiene bucal, o não uso do fio dental, a falta de consultas periódicas ao dentista e alguns fatores genéticos predisponentes, entre outros, podem levar-nos a ter inflamações nas gengivas, que são os sinais mais comuns do início da doença periodontal, assim chamada porque peri significa ao redor, periférico e odonto, dente. Os passos seguintes, se ela não for tratada, são a formação de uma bolsa inflamatória, que leva à perda de osso do alvéolo ao redor do dente e, finalmente, a perda do próprio dente que, sem adequada sustentação, amolece e cai. Ela existe em dois níveis: primeiro, o que afeta só a superfície da gengiva, também conhecida como gengivite marginal e gengivite descamativa, respectivamente com e sem destruição da superfície das gengivas. E o segundo, quando são afetadas as estruturas profundas, conhecido como enfermidade periodontal destrutiva crônica, abscesso periodontal e trauma periodontal, segundo o estágio em que se encontre.

O tratamento da doença periodontal tem duas tendências, que para alguns dentistas são dois estágios. O primeiro, chamado de preventivo ou conservador, em que são usadas curetas raspadoras, que removem placa bacteriana, tártaro e tecido inflamado embaixo das gengivas, sem abri-las, buscando, com esta profilaxia, interromper ou diminuir o avanço da doença das gengivas, caracterizada por sua inflamação. O segundo, conhecido como cirúrgico, em que as gengivas são abertas cirurgicamente e as raízes dos dentes expostos, para que o dentista possa, com visão direta, remover todos os tecidos inflamados ao redor dos dentes e, naquele momento, estancar o processo, permitindo que a gengiva volte a se unir aos dentes. Tanto no primeiro como no segundo método, a participação do paciente passa a ser fundamental para o futuro da doença. Se ele a partir do risco de perder os dentes e por ter gasto um bom dinheiro com eles, conscientiza-se e muda radicalmente seus hábitos, passando a higienizar corretamente, a doença das gengivas pode estar curada. Se voltar a ser descuidado, não seguindo a orientação do dentista quanto à higiene bucal, em algum tempo a doença volta e com ela o risco de perder os dentes precocemente.

Identificando a tempo a doença das gengivas, principalmente através de visitas regulares ao dentista, seu tratamento tem melhores chances de dar certo, porque nesta fase inicial, ainda não ocorreu perda óssea e a sustentação dos dentes ainda não está comprometida. Com acompanhamento você saberá em quais pontos sua escovação e uso do fio dental estão deficientes e receber, nessas áreas, uma profilaxia compensatória nas consultas de manutenção. Outro motivo para tratar das gengivas é para que elas não se retraiam, começando a expor parte das raízes, dando aos dentes uma aparência ruim por estarem muito longos e mostrando partes com cor e tipo de esmalte diferente, denunciando relaxamento ou maus tratos na higiene. Sem contar que a perda de gengiva envelhece violentamente o sorriso, chegando, em certo estágio, a levar seu possuidor a escondê-lo.

A partir dos trinta anos você deve começar a perguntar a seu dentista como está a saúde de suas gengivas, principalmente se seus pais perderam dentes por problemas deste tipo. Se for o caso, ele passará a fazer um controle mais constante da presença ou não da placa bacteriana. Se você for portador de doença periodontal, ele lhe indicará um periodontista, que é o especialista no tratamento destes problemas, o qual lhe apresentará um programa de manutenção, preventivo ou terapêutico, conforme seu caso necessitar. Gaste um pouco de tempo, mas não perca seus dentes, porque repô-los sairá bem mais caro.

Se quando mastigar ou falar, ao encaixar os dentes dos dois maxilares, houver uma inversão de posição de alguns deles em relação aos planos inclinados dos mesmos, levando a um encaixe por fora, do dente que deveria encaixar por dentro, diz-se que este tem mordida cruzada. É um problema simples, muitas vezes com participação genética, agravado por maus hábitos como sucção dos dedos ou uso de chupeta. Para ajudar na identificação, acontecem de quatro tipos: anterior, envolvendo a região dos dentes entre os caninos, posterior, quando ocorre nos dentes de trás dos caninos e unilateral ou bilateral, se for só de um lado da boca ou se forem nos dois lados. Sua conseqüência são dentes tortos, que, se não corrigidos, podem ir agravando o problema por aquisição de novos maus hábitos, que poderão alterar toda a oclusão e, no futuro, causar dores na articulação.

Seu tratamento, segundo a idade em que se encontra o possuidor, poderá ser feito com aparelhos móveis ou fixos. Casos mais simples, com poucos ou um só dente para corrigir, podem ter solução com o uso, por um período não muito longo, de um aparelho móvel que, de acordo com orientação do dentista ou especialista que estiver tratando, poderá ser usado somente enquanto a pessoa estiver dormindo. Casos de média complexidade podem determinar uso contínuo e, em algumas situações, complementados por aparelhos extra-orais, para acelerar o tratamento, alguns usados só durante o período noturno. Somente os casos maiores e mais difíceis irão precisar colocação de aparelhos fixos, em tratamentos mais prolongados, existindo ainda as situações em que a mordida cruzada é transversal e ampla, tanto na parte anterior como na posterior. Para estes, um especialista vai fazer estudos específicos para decidir se há necessidade de tratamento cirúrgico, tal qual é indicado para casos de prognatismo ou retrognatismo.

Boa parte dos adolescentes com mordida cruzada tem complexos decorrentes das anomalias de aparência que estes problemas envolvem. Os casos tratados não deixam nenhuma seqüela, sendo ao leigo impossível identificar se a pessoa foi portadora de mordida cruzada no passado. Os tratamentos não levam à dor e, exceção aos aparelhos fixos e cirurgias, têm valores baixos e razoáveis, se considerarmos os benefícios psíquicos e funcionais que trazem. Não arriscar ter problemas de articulação no futuro e sofrer com dores de cabeça por disfunções na articulação temporomandibular, é outra boa razão para tratar destas maloclusões.

Não esperar a adolescência chegar para começar o tratamento é boa iniciativa, pois permite alternativas de soluções mais simples, aproveitando que o esqueleto ainda está em fase de desenvolvimento e crescimento. Estas opções além de mais fáceis, envolvem tratamentos mais econômicos e rápidos, que se não mostrarem resultados totalmente satisfatórios, não inviabilizam os outros tratamentos complementares a seguir. Consultas de diagnóstico são recomendadas sempre que se perceber a existência de alguma anormalidade, ainda que em estado inicial. Algumas vezes seu próprio dentista poderá prescrever aparelhos móveis conhecidos como ortopedia funcional ou ortodontia preventiva. Os especialistas que atuam resolvendo todos os problemas desta área são os ortodontistas e ortopedistas faciais. Pedir indicação para seu clínico geral é maneira de ir sempre ao profissional certo.

Dr. Marco Antonio Franco Cançado

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