domingo, 17 de julho de 2011

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 11jul2011

No que depende da Odontologia e dos dentistas, os tratamentos dentários evoluíram de tal forma nos últimos anos, que fica difícil imaginar qual vai ser o próximo progresso, tantas foram as novidades nas duas últimas décadas. Tudo hoje tem solução em se tratando de problemas dentários. Por outro lado, embora tenham sido criados e desenvolvidos vários novos dispositivos para a higiene bucal além do aperfeiçoamento da clássica escova, tais como higienizadores interdentais, escovas unitufos, fios e fitas dentais, escovas interdentais, dentre outros, pequeno, ainda, é o número dos que fazem sistemática e adequadamente a sua higiene bucal. A consequência é a presença, na maioria de nossa população, da placa bacteriana, bastando para sua comprovação a passagem de algum instrumento de ponta fina embaixo da sua gengiva para constatar a presença daquela massa branca resultado da decomposição dos resíduos alimentares que entram pelas gengivas. Isto se você não a higieniza bem. Por via das dúvidas, faça o teste.

O melhor tratamento para a placa bacteriana é baratíssimo. Trata-se de só higienizar bem e corretamente os dentes e gengivas. Todos os dias. Os dentes, uma vez após cada refeição e as gengivas, uma vez ao dia, sendo antes de deitar o melhor horário, pois durante a noite as enzimas que produzimos poderão fixar os resíduos de alimentos colaborando, involuntariamente, para a formação da placa bacteriana. O fio dental é o seu melhor aliado no combate a formação da placa, e a placa bacteriana no futuro será a maior inimiga dos seus dentes, podendo levar à sua perda. Constatando placa, não perca tempo, consulte um dentista que tenha condição de lhe orientar e combater este mal. Não se iluda com líquidos e jatos, que farão bem ao frescor bucal, mas que não têm como remover o que se instala embaixo das gengivas. Peça para seu dentista fazer o teste da evidenciação de placa, porque diferentemente das unhas sujas, ela não aparece, lembrando-nos que temos que limpá-las. Este teste é feito com um corante que transforma a cor desta placa em um tom avermelhado, permitindo visualizar, de forma clara, o maior inimigo dos seus dentes: a placa.

Tente lembrar quantas pessoas você já conquistou com um simples sorriso. Às vezes, sem uma palavra sequer. Uma criança, um idoso, a pessoa amada. Não perca esta espontaneidade pela perda de seu sorriso natural. E lembre que quem pode roubá-lo de você é justamente a placa bacteriana. Porque ela pode levar seus dentes a perdas de difícil e custosa reparação. Pense em quantas pessoas que aparentam ser bem mais jovens do que realmente são e procure lembrar como é o sorriso delas. É inacreditável, você verá que na esmagadora maioria o sorriso é jovial. Ou seja, com dentes e gengivas. Bem natural. De alguns, você nem lembrará que são carecas, de outras que estão um pouco gordinhas, porque seu sorriso concentra o olhar. Chama nossa visualização para ele, a ponto de nos esquecermos de avaliar outros detalhes, que observamos mais quando o sorriso não for bonito.
Além de cuidar bem de seus dentes, seja rigoroso com suas gengivas, não permitindo a presença da placa bacteriana. De seis em seis meses visite seu dentista e pergunte como está sua placa bacteriana. Se tiver placa peça tratamento, sai mais barato que perder os dentes por causa dela e ter que repô-los depois, com implantes e despesas. Se seu problema voltar, o especialista para estes tratamentos é o periodontista. Ele lhe proporá um plano de saúde bucal, com controle de placa.

Antigamente, quando se perdia um dente, por cárie, acidente ou doença periodontal, a alternativa era desgastar dois dentes vizinhos e cimentar uma prótese. Quando se perdiam muitos dentes, fazia-se uma ponte móvel, apoiada em alguns dentes e nas gengivas e no caso da perda de todos os dentes, confeccionava-se uma dentadura, apoiada exclusivamente nas gengivas. Com a chegada dos implantes, que são raízes artificiais, colocadas no lugar e com semelhanças em forma e função, perdido um dente, coloca-se um implante e em cima deste uma prótese exatamente igual ao dente perdido e o caso está resolvido sem ter que desgastar nenhum dente bom que estiver ao lado do implante, pelo contrário, por não desgastá-lo, ajuda-se a mantê-lo. O mesmo acontece quando a perda for de mais de um dente e no caso da perda de todos os dentes, podem ser colocados dois a quatro implantes, de acordo com o caso, e nestes apoiar uma sobre-dentadura, que terá muito mais estabilidade que a dentadura convencional, além de permitir mastigar, falar e sorrir melhor do que se fazia antes.

A colocação é simples e feita no próprio consultório do dentista, que no dia receberá cuidados especiais, sem dor e que demorará menos de trinta minutos por implante colocado. Se forem mais implantes, demorará menos ainda, porque alguns procedimentos são repetitivos e dispensáveis no caso de mais implantes. Toda colocação consiste em abrir um orifício no osso, como era o que você tinha suportando a raiz do dente, e neste introduzir o implante, fechando-o com uma tampinha de proteção. Depois de unido ao osso (mais ou menos 4 meses), remove-se a tampinha e no lugar desta é colocada a prótese, sem dor, sem anestesia e com a vantagem de poder ser trocada, caso, por alguma batida, você vier a quebrá-la, o que não acontecia antes com os dentes.

Uma das grandes vantagens dos implantes em relação às próteses que se usavam antes, é que embaixo destes, quando bem higienizados, não ocorrem cáries. Outra é que não precisando usar os dentes vizinhos como apoio, não são necessários tratamentos de canal, que eram indispensáveis no caso deste dente vir a sustentar próteses. Além do que a prótese sustentada em dois dentes para repor o perdido entre eles era cobrada como três, por que envolvia três coroas, duas nos dentes e uma suspensa. No caso dos implantes é cobrada somente uma, porque somente o implante recebe a prótese. Na prática a grande vantagem é que o implante é uma coroa única, sem se apoiar nos vizinhos e nas próteses eram unidos por trás, fazendo com que a higienização tivesse que passar a ser feita por baixo, com uso de escovas especiais e dificultando a passagem do fio dental, que nestas tinha que ser introduzido por baixo. Além disto, a maioria dos implantes recebem as próteses por micro-parafusos, que permitem ser removidas, sempre que houver suspeitas de má higienização.

Se você perdeu ou está perdendo um dente, não deixe de perguntar ao seu dentista sobre a colocação de um implante. Se ele não os coloca, lhe indicará um colega especialista, conhecido como implantodontista, que lhe colocará, sendo a prótese depois colocada por seu próprio dentista, visto serem mais fáceis e de mais precisão que as próteses convencionais. Somente casos muito complicados precisarão de próteses confeccionadas por especialistas. Os implantes baixaram tanto de preço, a exemplo de tudo que começa a ser feito em grande quantidade, que hoje, na maioria dos casos, saem mais baratos do que as próteses convencionais.


Dr. Marco Antonio Franco Cançado

sábado, 9 de julho de 2011

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 27jun2011

Antigamente dizia-se que era preciso mastigar muito. Hoje o conceito mais aceito é que se deve mastigar bem. A diferença entre uma e outra situação está na definição de quantidade e qualidade, que caracteriza a eficiência mastigatória. Mastigar muito com menos dentes (pela perda de alguns), com dentes tortos e que por estarem fora do lugar não encaixam bem nos dentes opostos ou não conseguir mastigar na condição ideal por sensibilidade nas gengivas, próteses frouxas e falta de obturações, não resulta em um corte e trituração adequada dos alimentos, colocando em sobrecarga o aparelho digestivo, levando o exercício das suas funções mais tempo, com mais dificuldade. Por outro lado, tendo-se qualidade e eficiência mastigatórias, mastiga-se menos tempo, os alimentos resultam em pedaços significativamente menores, quando não totalmente triturados, deixando para a digestão a função de, através de enzimas, preparar a retirada dos nutrientes necessários à manutenção da vida. Sem sobrecarga, aumento de barriga ou sonolência após as refeições.
O sistema estomatognático é um todo que reúne dentes, maxilares, lábios, língua, bochechas e todos os tecidos envolvidos com a função mastigatória, de forma que, em boas condições, trabalhem em conjunto e harmonia, propiciando um mastigar adequado. Um bom dentista, ao invés de se ater exclusivamente à boa condição dos dentes, as peças principais do sistema, está atento as participações de todos os demais, avaliando suas funções, principalmente no que diz respeito à oclusão e disfunção. Ou seja, estuda e avalia o estado e posição dos dentes, como eles se encaixam nos opostos e como está cada um dos pontos de corte e trituração dos alimentos. Vê, ainda, que conseqüências o inadequado funcionamento do sistema pode trazer às suas gengivas ou à sua articulação, que são os pontos que irão ser prejudicados e poderão acusar sintomas de problemas oclusais. Não basta ter dentes em bom estado, é preciso que eles funcionem bem, nos seus objetivos. Por isso, cada um tem uma forma diferente.
Mastigando melhor, você se sentirá mais disposto, minimiza ou elimina problemas futuros no aparelho digestivo, permitindo que o mesmo atue mais dentro de suas funções, desempenhando-as melhor e com menos esforço. Tendo mais disposição após as refeições você será mais saudável. Inclusive na aparência, porque uma das características de quem mastiga mal é o crescimento da barriga, que não é só conseqüência de comer muito e sim resultado de esforço fora dos padrões naturais ao órgão. Considere que o outro prazer à mesa é o paladar e que o mesmo é resultado de glândulas que temos na cavidade oral. Assim sendo, quanto mais e melhor você mastigar, estará aproveitando por mais tempo o prazer de comer. Prolongando-o, sem comer mais. Lembre-se que uma razão para se mastigar pouco são problemas relacionados à falta de dentes, principalmente dos posteriores, e a dificuldades de corte e maceração por dentes que precisam ser tratados.
Se você tem uma barriguinha acima do tamanho que deveria ter e não é de abusar sistematicamente à mesa, pergunte ao seu dentista se esta pode ser em decorrência de mastigação inadequada ou limitações desta por restrições decorrentes de problemas dentários. Pergunte o que pode ser melhorado em sua boca e peça dicas orientativas para uma correta mastigação. Afora um gastroenterologista para tratar sua pequena obesidade, você não precisa nenhum outro especialista, porque o seu próprio dentista lhe orientará bem no como melhorar seu sistema mastigatório e desfrutar melhor de um dos prazeres da vida.



Temos vergonha quando nos falta um dente, principalmente se for um dos da frente. Sentimos quase o mesmo quando temos uma cárie visível na região anterior. Outros pequenos defeitos, pelo convívio constante e diário com os mesmos nos afetam na auto-estima, como por exemplo: dente torto, diastema, dente escuro, dente fraturado, coloração amarelada em todos os dentes, gengiva escura, perda de gengiva com raiz aparecendo, obturação antiga perceptível, metal de prótese fixa ou grampo de prótese removível, prótese que se percebe facilmente ser prótese, prótese total velha e gasta, próteses que se mexem, falta de prótese por desadaptação ou desconforto. Estes e outros problemas ao longo do tempo, por sua não aceitação, vão nos levando a uma situação de constrangimento por tanto tentarmos dissimulá-los e não conseguirmos. Com o tempo, vamos incorporando vícios, como não abrir muito a boca para falar ou rir, ou disfarces do tipo crescer o bigode ou só se permitir fotografar ou olhar pelo outro lado. Tudo pela vergonha de algum defeito, que pela constância, acabam se transformando em verdadeiro trauma psicológico.
Por medo ou limitação financeira, postergamos o tratamento do fato gerador de nosso trauma, até o momento em que uma força maior, como a que nos faz deixar de fumar, beber ou fazer um regime, por exemplo, nos leve a assumir e realizar o tratamento, que é a única solução para traumas e vergonhas. Se não cortado o gerador, mesmo com disfarces, o trauma continua, ainda que por uns tempos o esqueçamos. Para enfrentá-los, o melhor caminho é conhecer e saber exatamente o que nos desagrada. O que nos aflige. Sabendo, conhecer o que pode ou o que deve ser feito é meio caminho andado. Inclusive, porque, na maioria das vezes, o problema é sempre menor do que imaginamos. Na verdade, pela vergonha que temos, terminamos por potencializá-los, de tanto lhe dar atenção, quando outros nem o percebem. A maioria dos problemas que nos levam a estas situações são de origem estética e, como tal, bem mais econômicos de tratar do que os problemas funcionais, como a falta de vários dentes do fundo, que nos prejudicam bem mais e muitas vezes não nos incomodam tanto por não percebermos. A solução destes, quase sempre é bem mais dispendiosa.
De bem com nossa aparência, nos sentimos melhor e a vida parece mais fácil de ser vivida, além do que a maior parte dos problemas mencionados antes, se não tratados no tempo certo, evoluem para problemas maiores e terminam por requererem tratamentos mais dispendiosos. Sorrindo melhor e com a consciência mais leve, somos mais bem aceitos, quer no trabalho, quer na família e principalmente pelo espelho. Não parece, mas se nos olharmos todos os dias e mesmo que no subconsciente não aceitarmos algo, envelhecemos. Termos a imagem que gostaríamos de ter faz de nós mesmos, pessoas mais confiantes e decididas. Coisas que podem levar à perda de um emprego ou de um amor em fase de constituição, tratadas, aproximam e estimulam um contato maior, inclusive físico.
Se você não está bem ou não se dá com algum detalhe de sua boca, não fique brigando consigo ou com a natureza. Faça de seu dentista o seu confidente para assuntos de estética de sua boca. Diga-lhe, sinceramente o que lhe desagrada, que, com a mesma franqueza, ele irá dizer-lhe o que pode e o que deve ser feito. E irá ajudá-lo em todos os sentidos para que você conquiste satisfação. Por muito menos do que você imagina. Lembre-se que estas despesas estéticas são menores que as protéticas e que seu resultado lhe acompanhará pelo resto dos seus dias.


Dr. Marco Antonio Franco Cançado

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 13jun2011

Mesmo tendo perdido para a estética a condição de maior motivo que leva alguém a um consultório dentário, a dor continua, infelizmente, sendo um dos maiores motivadores de visita de pacientes aos seus dentistas. Infelizmente porque, na maioria das vezes, quando há dor é sinal de que o problema já se agravou e o organismo passa a dar alertas sobre a sua gravidade. Normalmente são cáries não tratadas, que evoluíram, chegando, em muitos casos, a acercarem-se do canal (a parte sensorial do dente) e a fraturas por diminuição da estrutura de resistência dos dentes. Problemas como doenças das gengivas, articulações, dentes inclusos, próteses fraturadas, quedas de obturações, dentes fora do lugar ou traumatismos, dentre outros, levam também à dor se não tratados no tempo certo. Sempre que existir dor há problema a ser tratado, que, na maioria dos casos, já deveria ter sido resolvido antes.
A eliminação definitiva da dor nunca será por consequência de ação dos analgésicos e sim sempre pela solução do problema que a está causando. Qualquer que seja o paliativo será sempre temporário e o problema não resolvido, recorrente. Na maioria das vezes, com mais dor e mais intensa. Pelo menos na Odontologia este é um princípio que se aplica à quase totalidade dos casos de dor. A primeira etapa do tratamento a ser buscada pelo dentista, que deve ser o primeiro a ser consultado em casos de dor, é a identificação de sua origem, o que está causando ou originando aquela dor. Identificada a patologia (doença causadora), metade do caminho foi percorrido, porque, na Odontologia moderna, todos os problemas têm solução e dificilmente uma dor de natureza relacionada aos dentes, não tem como ser solucionada, principalmente quando tratada em sua fase inicial. Confie no seu dentista, porque ele é tão interessado quanto você em terminar com seu sofrimento.
Tratada a dor, você terá maior motivação para o trabalho, estudo ou lazer. E para recomendar seu dentista a outros de suas relações que venham a sentir dor. Certamente vive-se melhor na ausência de dor assim como nosso desempenho nesta condição é certamente maior, tanto quantitativa, como qualitativamente. Melhor que tratar e eliminar a dor é prevenir para que ela não aconteça. Neste caso além de não sentir dor, você gastará menos com o dentista, porque sempre os casos de dor estão a indicar estágio mais avançado do problema que a origina. Fazendo visitas periódicas, se você não tem grandes problemas dentários, de ano em ano, e de seis em seis meses se os tiver (como doença nas gengivas, por exemplo) você estará se prevenindo, evitando a perda de noites de sono, dias de trabalho ou aproveitamento integral das boas coisas da vida. Além de economizar despesa com atendimento em pronto socorro dentário ou custo de hora extra em consultas fora de horário.
Na maioria das vezes as dores dão um primeiro sinal. Pena que tenhamos o péssimo hábito de imaginar que por serem pequenas, vão passar por si só. Na verdade isto nunca acontece, por que toda dor pequena é aviso de uma dor maior que virá depois, exatamente por não ter sido identificada e tratada. Sentiu, ligue. Marque uma consulta, tire a dúvida e, provavelmente, com pouco tempo e dinheiro o problema estará resolvido, por seu próprio dentista, sem necessidade de procurar especialistas. Não resolvida, ou apenas tratada com algum analgésico, o causador aumenta e, no futuro pode acontecer que só um especialista resolva. Economize. Ao menor sinal, ligue. Ou antes, fazendo prevenção.


Os tratamentos dentários realizados quando grandes problemas forem constatados, são demorados, demandando muitas consultas e, normalmente, envolvendo maiores custos. Mesmo que você tenha condições de pagar, a questão do tempo não tem como ser resolvida de outra maneira, porque os procedimentos são seqüenciais, envolvendo etapas que não têm como ser suprimidas e que, muitas vezes, necessitam uma semana ou duas entre uma e outra para que haja cicatrização ou para que um procedimento seja eficaz ou se necessite de seus resultados para iniciar a fase seguinte. E tempo é dinheiro, tanto para o profissional, como para o paciente. Às vezes mais para o paciente, porque se o profissional está lá o dia inteiro para trabalhar aquela meia ou uma hora que o atende, para o paciente, além desta, tem-se que considerar mais meia ou uma hora que é o tempo para ir e vir ao consultório, sem contar alguma espera, que às vezes se faz inevitável. Ou seja, em termos de tempo, para o paciente o gasto é dobrado.
Não existe remédio para o tempo gasto em tratamentos dentários, ou melhor, existe sim: não fazê-lo. Não por deixar de fazer o tratamento e sim prevení-lo, evitando-o. Esta sim, é a verdadeira maneira de economizar tempo e dinheiro. Outra, já que você não fez prevenção e vai ter que fazer o tratamento, é concentrar as consultas possíveis, de forma que o trabalho do dentista e o seu tempo rendam mais, submetendo-se a consultas de duas ou três horas de duração. Neste caso, além da economia dos tempos de deslocamento, economiza-se aquele tempo social de cada consulta, em que o dentista pergunta como você vai, etc., afora os procedimentos de rotina em cada início de consulta, tais como colocá-lo na cadeira, pôr guardanapos, ajustar refletor e outros, que, somados nas quatro ou seis consultas correspondentes, certamente correspondem ao tempo de uma consulta ou mais.
Se você já fez alguma consulta de prevenção ou manutenção, vai lembrar que, além de totalmente indolor, ela é mais rápida e, se você dividir o preço integral de um tratamento longo pelo número de consultas realizadas, vai perceber que as de prevenção e manutenção são bem mais baratas. Isto porque estas não envolvem despesas com materiais caros, custos de laboratório de prótese ou aparelhos mais sofisticados e sim muita orientação e motivação. Quanto muito um pedaço de fio dental, uma escovinha interdental e um espelho, para você ver, à exaustão, como precisa fazer para não ter placa bacteriana ou tártaro. Pena que isto não possa ser feito sem a realização do tratamento ou ao invés dele, porque a manutenção só dá resultado quando todos os dentes estiverem tratados, sãos e as gengivas sem placa. Mas para não perder tempo, faça ou conclua seu tratamento e, a partir dele, cuide sistematicamente de sua manutenção, evitando assim tratamentos futuros, seus custos e seu conseqüente envolvi­mento em despendimento de tempo.
Se tiver de tratar, não perca tempo ou dinheiro, vá logo e evite mais gastos no futuro. Estando em tratamento, peça para que seu dentista lhe faça um plano de tratamento, envolvendo este e a manutenção e, se tiver terminado um tratamento completo há menos de um ano, ligue para ele e peça para marcar a próxima consulta e, quando ele lhe perguntar se você está com algum problema, diga-lhe que você quer garantir sua manutenção, visitando-o de seis em seis meses. Salvo que você seja um doente periodontal crônico (tenha doença nas gengivas quase que sistematicamente) o seu próprio dentista poderá fazer este acompanhamento, incentivando-o a cuidar bem de seus dentes, e você não precisará  gastar mais em tratamento. Para o dentista, isto é bom porque este tipo de paciente odontologicamente controlado, é o que mais indica outros pacientes para ele.


Dr. Marco Antonio Franco Cançado

sábado, 2 de julho de 2011

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 16mai2011

Há cerca de quinze anos, quando formei, os dentistas eram em número inferior às necessidades do país e a quantidade de tratamentos a serem realizados era maior do que a disponibilidade para realizá-los. Isto, com a lei da oferta e procura, levava os preços para cima. Hoje a situação inverteu-se totalmente. Dobrou o número de faculdades e o número de dentistas também e, como nossa população diminuiu o ritmo do seu crescimento, temos agora mais dentistas do que o necessário. Uma boa parte baixou efetivamente seus preços, de tal forma que tratamento dentário, antes privilégio de uma minoria, hoje é acessível a uma boa parcela de população.
Para se aproveitar efetivamente esta situação, só falta a maioria da população apagar a fama de careiros que os dentistas tinham e ir conferir, para constatar que os preços da maioria realmente baixou e hoje está no nível real e ao seu alcance. Temos, seguramente, dentistas com preços para todos os níveis do nosso povo e você tem condição de encontrar isto em seu próprio bairro, basta fazer como faz quando compra algo: buscar um que caiba no seu orçamento, sem deixar de levar em consideração a qualidade do produto, a garantia, a credibilidade de quem o está oferecendo e as condições de pagamento que caibam no seu orçamento. Às vezes, precisamos ir a três ou quatro lugares para encontrarmos o que queremos. Devemos fazer o mesmo com a busca ao dentista, não podemos deixar de fazer o tratamento, como não deixamos de comprar o que precisamos.
As vantagens da situação atual da Odontologia no Brasil são altamente favoráveis a quem precisa fazer um tratamento maior. Certamente encontrará quem o faça em condições de pagamento que se encaixem perfeitamente em seu orçamento, o que, considerando estarem os preços globais baixos, já é um motivo suficiente para não perder a oportunidade de tratar. Além disto, nos últimos dez a quinze anos, a Odontologia brasileira evoluiu num ritmo alucinante, de forma que nosso nível de tratamentos dentários está entre os melhores do mundo, usando os mesmos materiais e técnicas que se usam nos centros mais avançados. As próprias faculdades de Odontologia, pela competição, melhoraram, passando a oferecer formação de primeiro mundo aos recém-formados e as entidades de classe montaram escolas para aperfeiçoamento e especialização dos profissionais formados há mais tempo.
Comprove, visitando os consultórios dentários, o quanto eles evoluíram e se modernizaram. Peça para ver os materiais de última geração, que hoje são usados, e não hesite em perguntar pelos aparelhos modernos que hoje se usam nos tratamentos dentários. Seja curioso, pergunte, veja, compare. Só não deixe de tratar, aproveitando esta situação favorável que o Brasil está apresentando e que não sabemos exatamente até quando vai durar. Peça um orçamento completo e depois negocie em quanto tempo você pode pagá-lo, perguntando ao dentista se neste tempo ele tem condições de fazer o tratamento, ainda que progressivamente. Se o montante não estiver ao seu alcance, não se desmotive, busque outros profissionais, no bairro em que você mora ou no que você trabalha, pois certamente encontrará tratamento adequado às suas possibilidades. Só não fique sem fazê-lo. Isto ajudará aos dentistas a continuar mantendo seus preços nos níveis acessíveis atuais, porque trabalhando mais, não só eles serão mais competitivos, como produzirão mais, perfazendo suas necessidades sem ter que aumentar seus preços.



Durante o ato de sorrir, nossos lábios apresentam uma curvatura, que devido a fatores hereditários ou de raça, deixam à mostra a gengiva, expondo mais os dentes da arcada superior ou, em outros, mostrando mais os inferiores. De acordo com o tamanho da arcada em relação à largura dos lábios, ao sorrir alguns mostram só os dentes da frente outros mostram até o último dente.
Se dentes e gengivas forem bonitos, isto passa a ser uma vantagem para o sorriso. Se os dentes forem pequenos e as gengivas muito grandes, haverá prejuízo da estética facial. Caso os dentes sejam muito grandes e os lábios e gengivas nem tanto, no global, irão sobressair-se os dentes, tirando a harmonia do sorrir, dando conotação não espontânea. Estas e muitas outras determinantes para um sorriso que não satisfaça seu possuidor podem ser aprimoradas com algumas participações do dentista, tais como: reposicionar os dentes mais para dentro, baixando o lábio, diminuindo ou aumentando gengivas, dando proporcionalidade aos dentes, liberando alguns freios dos lábios, mudando o formato de alguns dentes, entre outras.
O ideal para a maioria dos casos é procurar o dentista na fase do crescimento, para estudar e decidir o que pode ser feito e, isso trazer os melhores resultados. O que não for de sua especialidade ele encaminhará ao especialista correspondente, para complementar a busca de uma melhor estética facial para seu sorriso. Tenha certeza de que a maioria das queixas quanto ao seu sorrir podem ser solucionadas pela moderna Odontologia e colocando-o no mundo dos satisfeitos com suas feições e movimentos faciais.


     Depois de um período prolongado que uma pessoa passa sem tratar adequadamente dos seus dentes, a consequência, somada à pouca higienização que se costuma fazer nestas situações, muitas vezes levam à necessidade de colocação de próteses dentárias, que substituirão um ou mais dentes perdidos. Estas próteses se sustentam nos dentes vizinhos ao perdido, que são preparados para este fim. As modernas cerâmicas, dão condições para que o serviço feito não pareça um dente artificial. Isto no caso de ser só um o dente a ser reposto, caso em que a prótese é chamada de unitária. Sendo mais de um a ter necessidade de substituição, sua denominação é prótese múltipla. Nesta situação, necessitando-se de mais dentes para apoiarem os que serão substituídos.
Os dentes são preparados para receberem as próteses que sustentarão, com tratamentos de canal ou das gengivas, sempre que necessário, além de receberem preparos para deixá-los em um formato que possibilite sustentar melhor a prótese. Após feitos estes preparos, faz-se um molde que um protético irá trabalhar, para construir uma estrutura metálica, que servirá de sustentação para os dentes artificiais que nela serão colocados. Para estes é feita uma escolha de cor, levando-se em conta a cor dos demais dentes e o formato dos mesmos, no lado oposto de sua arcada. Terminado o serviço, antes da colocação, ele recebe um tratamento para deixar sua superfície mais resistente, como o que acontece no esmalte dos dentes e com uma aparência mais viva, como se fossem dentes naturais. Durante o período que o protético confecciona sua prótese, você utilizará uma, dita provisória.
A vantagem das próteses feitas atualmente é que elas não parecem artificiais, muitas vezes até melhorando a aparência de quem as coloca. Levam em consideração a sua articulação, visto que são montadas em um modelo de estudos e de trabalho, conhecido como articulador, que simula os movimentos da mastigação. Os dentistas que fazem boas próteses deixam espaços adequados para que você consiga fazer sua higienização, de forma a conservá-la por muitos e muitos anos. A pedido do cliente, pode ser feitas algumas alterações de forma a deixar o sorriso mais adequado a cada tipo de personalidade, considerando a linha do sorriso de cada pessoa.
Se você tiver um dente que recebeu tratamento de canal, que teve uma restauração grande ou um problema de gengiva e voltar a dar sinais de  problemas, não permita que estes evoluam sem uma consulta ao seu dentista. Se não o fizer, o problema certamente aumentará, fazendo com que, em breve, a solução seja uma prótese e, por consequência, mais cara. Se o problema ficar sem solução por alguns anos, a situação extrema é a perda de todos os dentes, o que fará de você um mutilado dental. Preserve o que DEUS lhe deu de graça, cuidando para manter a melhor dentição que você já teve. A primeira foi temporária (dentes de leite) e a terceira lhe sairá bem mais caro: os implantes. Tratando na fase inicial, seu próprio dentista terá condições de atendê-lo com um custo razoável. Deixando para tratar depois, terá que buscar especialistas e gastar muito mais. Mesmo que seu problema tenha avançado, não deixe de consultar seu dentista, porque ele é a melhor pessoa para lhe indicar o especialista você precisa, o qual lhe fará um bom serviço.
Dr. Marco Antonio Franco Cançado

Programa Sorria Sempre - Rádio Nova Aliança - 02mai2011

Um tombo, uma batida de bicicleta, um choque nos esportes, um acidente de automóvel ou uma simples mordida em um milho de pipoca que não abriu, podem provocar quebra de um dente ou fratura de uma raiz. São emergências também os casos de dor decorrentes de canais infeccionados, gengivas inflamadas, cáries avançadas, dentes inclusos ou outros problemas decorrentes de tratamentos não realizados ou não totalmente concluídos no momento. Para azar de seus portadores, normalmente costumam acontecer à noite ou nos fins de semana, por serem estes, justamente os horários prediletos para prática dos esportes ou quando o organismo, em repouso, costuma manifestar-se por algo que o está agredindo. 
Os casos de trauma por algum tipo de impacto apresentam sempre melhores alternativas de tratamento quando atendidos imediatamente, salvo nos casos em que o profissional constatar menor gravidade e entender desnecessário o tratamento urgente. Por isso, em qualquer destas situações, procure contato telefônico imediato com seu dentista. Verifique se tem seu telefone de consultório nas suas agendas comerciais e residenciais e, se disponível, seu telefone celular, para o caso de emergência. Tê-los é útil não só para você, mas também para recomendar a algum amigo que, por não ter o telefone de seu dentista, necessita atendimento no momento. Médico, advogado, dentista, bombeiro e polícia, nunca se sabe quando iremos precisar, por isso a importância de ter seus números sempre disponíveis.
Para os casos de acidentes, não existe prevenção às conseqüências odontológicas, ou melhor, dando-se o devido valor aos dentes, deve-se procurar evitar as situações de risco maior. Acontecendo, não vacilar. Para os casos de emergência que envolvam infecções, inflamações ou outro tipo de dor por problemas não tratados, a maneira de evitá-las é não interromper tratamentos, ou começá-los sempre que se fizerem necessários. Nenhum problema de origem odontológica se soluciona por si só. Alguns podem ser contornados ou evitados com uma simples consulta, antes de gerarem problema maior. Sempre o tratamento preventivo a estes casos sai mais barato do que quando intervindos em emergência. Afora a vantagem de se eliminar o estresse que sua ocorrência costuma causar.
Nas emergências, antes de ir, procure ligar. Alguns procedimentos simples como medicação adequada, podem facilitar ou melhorar seu atendimento, além do que, algumas vezes podem até lhe economizar a consulta de emergência. Só não deixe de buscar a opinião correta,  seguir conselhos de palpiteiros, mesmo que lhe digam que fulano teve algo parecido e o dentista dele mandou fazer tal coisa. Todos os organismos são diferentes e as situações nunca são rigorosamente iguais, a menos que provoquemos exatamente as mesmas circunstâncias, aí já não mais sendo um caso de emergência. Em primeiro lugar, ligue para o seu dentista, deixando o pronto-socorro para segunda opção. Não o encontrando deixe recado e procure saber onde pode ser localizado, algum parente ou amigo onde ele possa estar, pois certamente, assim que souber de seu problema, ele entrará em contato. Não deixe de mencionar o telefone onde você se encontra.

Todo tratamento realizado, interrompido ou não, é passível de dor, de maior ou menor intensidade, de acordo com a gravidade do problema que está a exigir tratamento. Isto vale tanto para a Odontologia como para a Medicina. Nas duas, quando se trata no começo, a eliminação da dor que nos está acometendo é quase sempre imediata e com pouca intervenção. Para os casos extremos de dor, não só os tratamentos são onerosos, como mais demorados e a dor não vai embora com a mesma rapidez. Aos que imaginam que a dor não tem solução e que o jeito é padecer, um alento: tem sim, é a prevenção. Que além de tudo é mais barata, rápida e eficiente.
Ao primeiro sinal de algum problema, tal como: pequena fratura em um dente, micro orifício que você sente com a língua, ponto que trava ou desfia o fio dental, lugar com sensibilidade ao escovar, pequeno sangramento na gengiva, alteração de sensibilidade com variação ao quente e frio ou alguma mancha ou, ainda, anormalidade no esmalte do dente, ligue no mesmo dia para o seu dentista, relate o fato e marque uma consulta. Não deixe para amanhã, como a maioria costuma fazer. O que não fazemos hoje, provavelmente, também, não faremos no dia seguinte, a menos que você seja organizado e agende o compromisso para um dia mais oportuno. Se não puder ligar na hora, ponha um rolo de fio dental no bolso até que o faça. Este pode ser um lembrete infantil, mas não deixe para depois.
Tratando no momento da constatação, na maioria das vezes, uma única consulta resolve, desde que você assim proceda sempre. Além disso, o valor despendido será pequeno e as conseqüências futuras, quase nulas. Não fazendo, estará fatalmente permitindo que o fato gerador do problema progrida, que este aumente, talvez levando a uma prótese, a um tratamento de canal e um tratamento de gengivas por conta do crescimento daquela pequena lesão. Sempre que você tiver os dentes em ordem, a higienização se faz mais fácil e o aspecto motivacional continua em alta para com os cuidados de manutenção. Quando você relaxa não tratando, a própria escovação às vezes fica para segundo plano, como se você estivesse se castigando pelo relaxamento.
Nada sentindo ou não percebendo algo anormal em seus dentes, gengivas ou outros tecidos moles da cavidade oral, não deixe de visitar seu dentista uma vez por ano. Mentalize uma data, a do seu aniversário, por exemplo, e dê este presente para sua saúde e para você mesmo. Seu bolso irá agradecer, no futuro. Tanto para estes pequenos problemas, como para as consultas anuais de manutenção, procure o seu dentista, aquele que o atende sempre. Ele tem uma ficha completa com sua história clínica e saberá, por ela, examinar os lugares críticos e, no caso de fatores de risco, tais como dificuldade de higienização em uma certa área, por exemplo, ele terá sua atenção automaticamente voltada para eles. Evite mudar muito de dentista e se, por fatores geográficos, tiver que fazê-lo, visite o antigo, justifique sua mudança e peça uma cópia de sua ficha clínica. Isto ajudará seu próximo dentista e o deixará bem com o antigo, para o caso de não dar certo e você ter que voltar ao dentista original que, tendo sua ficha, saberá que alguma outra coisa foi feita em sua boca, que não por ele, colocando-o em situação desnecessariamente embaraçosa.

Esta é uma das vantagens de quem vai regularmente a seu dentista. É uma maneira segura de se fazer economia, gastando pouco. A saúde bucal é como um automóvel ou uma casa. No automóvel, se ele faz um barulho e vamos ao mecânico no dia, por uns poucos reais o conserto está feito. Quando afrouxa uma peça e levamos até ele, novamente vamos gastar muito pouco. Se deixarmos, em alguns meses os defeitos irão se acumulando e estamos sujeitos a, de uma hora para outra, ficar parados na rua ou na estrada, sendo que isto equivale a um dente quebrado ou uns dias sem trabalhar por conta de uma dor de dente. Na casa é a mesma coisa. Se a louça é lavada a cada uso, a cozinha estará sempre bem limpa. Se arrumadas as camas diariamente, a casa estará sempre em ordem. Se nada disto for feito, em semanas, a bagunça será geral e, em alguns casos, não se terá nem motivação de olhar para ela, isto equivalendo àquela boca que a gente não gosta nem de ver, às vezes não dando nem para chegar perto, pelo mau hálito.
O segredo é sermos economistas na saúde bucal. Não os economistas dos planos loucos, mas aqueles que decidem pôr as coisas em ordem e as mantêm, usufruindo depois da tranqüilidade e dos benefícios de uma economia estabilizada. É óbvio que, de quando em quando, precisamos fazer algumas correções e manutenções. Estas, quando feitas na hora certa, o bolso nem percebe, até porque, fazendo economia bucal, as despesas são bem menores. Uma boa maneira de fazê-lo é combinar, com seu dentista, e marcar sempre a próxima consulta, ainda que esta seja meio ou um ano depois, de acordo com o tipo de paciente que você é (quem é mais cuidadoso e eficiente na higiene bucal, só voltará um ano depois) e pedir para ele avisá-lo um ou dois dias antes desta consulta longínqua. Se sua família concordar, faça-o com toda ela, tendo um mês certo para tal, que pode ser o das suas férias, ou não.
A primeira vantagem deste tipo de procedimento é a economia de tempo, visto que os tratamentos longos demoram horas em cada consulta, dias e dias, meses para terminá-los. A segunda vantagem é que você nem sente tratando assim, porque neste caso, as coisas a serem feitas são pequenas e a maioria sem anestesia, por nada doerem. Só existe dor, em Odontologia, quando se desleixa e os problemas passam a ser graves. A terceira, quase desconsiderada, é a financeira. Desconsiderável se a compararmos com os altos custos dos tratamentos longos. Altos, porque envolvem muitas coisas para fazer de uma vez só. Como última vantagem, a segurança que você tem, de nada vir a ter nos próximos seis meses, sendo esta a única maneira de um dentista poder efetivamente, garantir seu trabalho, pois, neste caso, ele estará contando com a sua participação na manutenção de sua saúde bucal.
Não espere um problema aparecer, inclusive porque você não é dentista para identificá-lo. Marque uma consulta hoje mesmo e certifique-se do pouco que tem a fazer e o faça. A partir desta, já deixe a consulta do ano que vem marcada e nunca mais se preocupe com dor de dentes. Faça o mesmo com seus familiares. Motive-os e incentive-os, cobrando, se for o caso, que façam o mesmo. Contas altas com dentistas, nunca mais. Só manutenção. E lembre, assim procedendo, você diminui as chances de ter que recorrer a especialistas, pagando o preço por isto. Estes ficarão para os descuidados e para os casos complexos como correção dos dentes, implantes, tratamentos de gengivites, canais, dentes inclusos e disfunções da ATM, entre outros.

Conhecidas, popularmente, também como obturações, elas antigamente eram feitas somente com amálgama ou silicato, que, quase sempre, não lhe brindavam com uma boa estética ou durabilidade. Quando realizadas em pacientes mais jovens, teriam que ter expectativa de duração para quase uma vida inteira. Elas restauram a parte dos dentes que teve de ser removida por estar cariada. Quando tratadas no começo, as restaurações são pequenas e normalmente durarão mais tempo e se forem tratadas em estado mais adiantado, durarão menos. Se forem na região anterior ou na face oclusal (a que se enxerga quando abrimos a boca), a questão estética é fundamental, visto que podem alterar nosso sorriso, para melhor ou para pior. Melhor se não aparecerem e pior se notarmos que existe a restauração.
Se você não está satisfeito com alguma restauração, pela cor, pela forma, por ficar visível, não permita que isto diminua sua auto-estima, muito menos tente sorrir torto para que não a percebam. Hoje existem resinas de quarta geração que fazem com que suas restaurações sejam totalmente imperceptíveis. Além de corrigirem obturações feias ou antigas, permitem que se corrijam defeitos, fraturas, diastemas (espaços entre os dentes) e até alguns pequenos maus posicionamentos dos dentes. Acertam as cores, deixando-as como os demais dentes, ou ainda, através de colocação de facetas (como se fossem unhas postiças) corrigindo toda a estética do sorriso e mudando totalmente a sua fisionomia facial. Em alguns casos, podem substituir até a aparência ruim de algumas próteses, que estejam boas na função e ruins na estética.
Com estas novas resinas, você pode inclusive escolher como seu sorriso vai ficar, através de uma câmara intra-oral e um programa de computador, que pegam a imagem de um bom dente seu e a transportam para o lugar em que vai ser feita a substituição, em sua boca. Em casos de alteração da face estética de todos os dentes, extremos em que tratamentos de clareamento não conseguiram alterá-los para melhor, pode ser inclusive escolhida uma cor de tonalidade levemente mais clara, para obtenção de uma aparência rejuvenescedora. Nos casos de fraturas antigas ou de fechamento de espaços, as mudanças obtidas embelezam o sorriso, remoçando seu portador. Por não exigirem tratamento de canais, fazer próteses e provisórios, estes tratamentos são bem mais rápidos e acessíveis do que se pode imaginar, valendo a pena uma consulta sem compromisso para um orçamento.
Se seu dentista é atualizado, faz cursos, participa de congressos, ele é a pessoa indicada para transformá-lo, com a troca de suas restaurações por novas, mais estéticas. Caso esta não seja sua especialidade, ou esteja trabalhando mais em outra, o indicado para este tipo de trabalho é o especialista em dentística restauradora e, entre estes, os que dão ênfase à estética. Se suas restaurações antigas estão boas, não apresentam sensibilidade ao frio e ao calor, não existe outro motivo que não o estético para trocá-las. Isto é uma vantagem porque lhe permite escolher com tranqüilidade qual o momento certo para fazer a sua mudança facial e analisar com detalhes tudo o que você gostaria de mudar. Um especialista lhe orientará bem se, para seu caso, é necessária uma mudança radical ou se um simples retoque de detalhes é suficiente para você adquirir uma aparência mais jovial.

Dr. Marco Antonio Franco Cançado

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